Partido Repartido
A quase um ano e meio das próximas eleições, os ânimos já se acirram para formar as novas coligações, na tentativa de eleger prefeitos, vereadores e ganhar mais espaço no cenário político. Toda energia é catalisada para o processo eleitoral, e a preocupação da maioria das pessoas é, sem dúvida, ganhar o pleito.
Mas há muito tempo, ainda, para que se possa exercer a política em seu sentido mais clássico: agir de maneira hábil nos assuntos comunitários, a fim de se obter o que deseja.
Esta é a hora de reunir o povo, seus anseios, suas dificuldades. Aproximar-se e discutir as realidades das cidades, coletar dados, conhecer líderes e, principalmente, apresentar a forma de trabalho. E esta forma deve ser diferente daquela que já conhecemos.
Assim como eu, algumas outras pessoas buscam no dia a dia esta nova maneira de fazer política. Governar cidades requer muita dedicação, criatividade para resolver velhos problemas, e principalmente, saber ouvir e responder à população – satisfações estas que precisam ser dadas durante os quatro anos do mandato, não apenas às vésperas da eleição.
Após 20 anos de vida pública, continuo com o mesmo entusiasmo, embora já tenha esbarrado inúmeras vezes nos ranços políticos. Porque a vontade de mudar e de crescer é sempre maior que qualquer desafio ou qualquer decepção.
Acredito na instituição, no partido. É preciso que se tenha em mente a grandiosidade histórica do PMDB no cenário nacional – no passado e, principalmente, no presente. É imprescindível que se respeitem os ideais partidários, e que se façam valer as orientações das executivas.
Vale ressaltar que todas as instituições são formadas por pessoas, que às vezes tem ideais nobres, outros menos nobres. No PMDB não é diferente.
Os embates que acontecem neste momento já aconteceram antes, tanto nesta legenda como em outros partidos. E nunca deixarão de ocorrer. Pois alguns entendem que devemos nos render e ceder às pressões e interesses pessoais. Outros, como eu, entendem que o partido precisa crescer independentemente, buscar soluções para as cidades, deixando de lado as vaidades e interesses pessoais – que são legítimos, mas neste caso devem ficar em segundo plano.
Sem julgamento de mérito, mais uma vez já defini meu lado. Luto para que as relações não sejam meros acordos pessoais, mas que se cultive a valorização das ideias. Que o PMDB continue em São Bernardo seguindo a orientação do partido, ou seja, crescer e chegar ao poder por meio de candidaturas próprias.
Trabalharei e lutarei firmemente para que o PMDB tenha candidato próprio e que, se possível, seja eu o escolhido para disputar eleição, sempre dentro da ética e dos limites a mim impostos pela hierarquia partidária.
Como sempre faço, respeitarei a decisão do PMDB, meu único partido. E enquanto isso, exercerei meu direito de fazer política. Do meu jeito: simples porém concreto, preocupado em atender a população, criar proposituras relevantes e que de fato venham a colaborar com o desenvolvimento da cidade, fiscalizar as ações do Executivo e a aplicação da verba pública, buscar um constante aprimoramento, manter meus eleitores sempre informados de minhas atuações junto ao Legislativo Municipal e, principalmente, fazer com que o PMDB chegue ao poder.
Resistir às velhas práticas é fazer política sem politicagem. É ser transparente nas ações e nas prestações de contas à população. É colocar-se à disposição do partido, e saber aguardar as decisões necessárias para seguir um ou outro caminho.
É acreditar que podemos fazer não apenas o diferente, mas sempre o melhor para todos.