Ler para crescer
Na próxima quarta-feira, dia 18, celebraremos duas datas importantíssimas para o desenvolvimento intelectual de nosso país: o Dia Nacional do Livro Infantil e o nascimento do escritor Monteiro Lobato.
Claro que a primeira comemoração veio em razão da segunda: Lobato foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil brasileira.
Ao dizer que “um país se faz com homens e com livros”, ele teorizou o que, na prática, conseguiu alcançar: a valorização da leitura e sua forte influência no mundo literário infantil.
Em suas obras, Monteiro Lobato resgatou a imagem do homem da roça, na figura do Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso. Também reapresentou personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê e a Cuca. E ainda enriqueceu suas histórias com obras literárias da mitologia grega, personagens de fábulas e contos de fadas, do cinema (de Walt Disney) e dos quadrinhos.
Com a criação das aventuras do Sítio do Picapau Amarelo, que nos anos 80 se transformaram em obra televisiva, mostrou para as crianças como é possível aprender e se divertir através da leitura, da imaginação e da brincadeira.
Mas de Monteiro Lobato para cá, os livros infantis se multiplicaram – tanto em quantidade quanto em diversidade de temas. Hoje é possível falar sobre os temas mais espinhosos por meio de uma linguagem adaptada à compreensão infantil, belas ilustrações e componentes-supresa, em recursos como os pop-ups. O livro virou, assim, um instrumento para a aquisição de conceitos modernos complexos.
E falando em novidades, há ainda os e-books, que vão chegando de mansinho ao mercado, mas que prometem causar uma avalanche entre os plugados mirins.
O fato é que a leitura, venha no formato que vier, ainda é essencial para a formação das crianças. O importante é que elas desenvolvam o hábito da leitura e se deixem levar pelas boas e belas histórias de diferentes culturas.
Tunico Vieira
Tunico Vieira é professor-mestre da Universidade Metodista, advogado e vereador em São Bernardo do Campo