A imprensa na nossa história

Quando, em 1828, o inglês Lord Macaulay criou a expressão Quarto Poder, pensando em uma imprensa aliada aos cidadãos para protegê-los de eventuais abusos do executivo, legislativo ou judiciário, não imaginou o quando ela estaria ligada aos fatos que mudariam o mundo até os dias de hoje.

Ora divulgando os acontecimentos, ora aguçando a opinião pública, a imprensa brasileira não apenas exibiu a notícia, mas delineou os rumos da história. Politicamente falando, participou ativamente do fim do regime militar, da luta pelas Diretas Já, da queda do governo Fernando Collor.

No ABC, refletiu o desenvolvimento da região para a fase industrial, sob o impacto da modernização urbana e do crescimento fabril da década de 50, com a implantação do parque automobilístico – largamente ocorrida aqui em São Bernardo.

Em nossa cidade, noticiou também as greves, o crescimento do sindicalismo, e fez ecoar o sucesso da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Descreveu as delícias da Rota do Frango com Polenta e a magia da Cidade das Crianças.

Nesta primeira semana de junho, quando se celebram a imprensa e sua dada liberdade, percebemos o quão importante ela se faz em nossa vida. Não apenas como o Quarto Poder, mas com sua capacidade de informar, formar e entreter.

Graças à imprensa, tornamos os atos públicos realmente públicos, sendo ela ferramenta eficaz na divulgação do trabalho – ou do ócio – daqueles eleitos pelo povo para governar ou legislar.

Como disse Rui Barbosa, “a busca da verdade é a meta principal da imprensa”. E sua liberdade é a garantia de acesso a tudo que ocorre à nossa volta.

Meu abraço especial a todos os profissionais de comunicação do Grande ABC, que conosco procuram traduzir os anseios da população. Que continuemos nosso trabalho em conjunto, para que os cidadãos recebam, cada vez mais, boas notícias sobre o desenvolvimento das sete cidades.

Tunico Vieira

Tunico Vieira é professor da Universidade Metodista, advogado e vereador em São Bernardo do Campo