Dia de agradecer

Costumamos pensar que o Dia de Ação de Graças, comemorado na quarta quinta-feira de todo mês de novembro, é um feriado exclusivamente dos Estados Unidos. Mas, na verdade, existe uma grande tradição de celebrações pelo mundo.

Os antigos gregos, por exemplo, reverenciavam Deméter, a deusa do trigo e dos cereais. Os romanos faziam uma festa parecida, para Ceres, sua deusa do trigo.

Já os antigos chineses festejavam a colheita e a chegada da lua cheia no chamado Chung Ch’ui. As famílias se reuniam, e costumavam comer bolos redondos e amarelos chamados “bolos de lua”.

Os egípcios participavam de uma festa de colheita que reverenciava Min, o deus da vegetação e da fertilidade.

Desfiles, música, esportes e banquetes já faziam parte dessas festividades.

Atualmente, o Dia de Ação de Graças está ligado à história norte-americana. Muito se conta sobre o primeiro banquete, quando os peregrinos e os nativos norte-americanos celebraram a colheita de outono num clima de cooperação.

Provavelmente, os peregrinos não teriam sobrevivido se os nativos norte-americanos não tivessem ensinado a eles sobre os alimentos daquela terra. Por isso, o milho é o símbolo da sobrevivência dos colonizadores.

Aliás, os símbolos mais significativos dessa comemoração, atualmente, são os alimentos que os americanos consomem no jantar de Ação de Graças.

Em primeiro lugar, o peru – principal prato da celebração.

Não se sabe como os próprios peregrinos chamaram aquele primeiro banquete de Ação de Graças, mas eles certamente estavam celebrando a abundância de comida e a paz com seus novos vizinhos.

Como o Dia de Ação de Graças não está ligado a uma religião específica, a única tradição essencial é fazer uma refeição com amigos ou com a família e agradecer pelo que se tem – independente do credo.

E cultivar a paz e a tolerância às diferenças, tão escassas nos dias de hoje.

Tunico Vieira

Tunico Vieira é professor-mestre da Universidade Metodista, advogado e vereador em São Bernardo do Campo